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13 de abr. de 2010

PREVENÇÃO X PRESERVAÇÃO



MORRO DA CARIOCA RIO DE JANEIRO, ABRIL DE 2010





As chuvas que atingiram o Sudeste nas últimas semanas provocaram deslizamentos em diversas áreas da Serra do Mar e estragos em inúmeras estradas da região. No Rio, houve problemas na altura de Angra dos Reis e em Teresópolis, sendo os mais graves os escorregamentos do morro da Carioca e na praia do Bananal, em Ilha Grande, locais onde ao menos 52 pessoas morreram. Em São Paulo, houve pelo menos dez casos de deslizamentos de terra e prejuízos em vias provocados por temporais e transbordamentos de rios. E em Minas, a BR-356 foi interditada por risco de queda de pedras.

Para o especialista em geologia de engenharia, geotecnia e meio ambiente Álvaro Rodrigues dos Santos, a repetição ao longo dos anos de incidentes do gênero reflete uma histórica falta de monitoramento e manutenção das encostas pelo poder público. Reportagem de Fabiana Uchinaka, no UOL Notícias.
Segundo ele, os acidentes são recorrentes e se houvesse um acompanhamento das áreas de risco muitas mortes e perdas poderiam ter sido evitadas. O monitoramento e a manutenção das encostas, explicou ele, são essenciais para detectar problemas e hoje são atividades “completamente abandonadas” pelos governos.
“Todo deslizamento dá um aviso antes de acontecer: trincas nos terrenos, rachaduras nos sistemas de drenagem, abatimentos na pista, alagamento em aterros, etc. Se houvesse monitoramento, os problemas seriam corrigidos e o acidente evitado”, disse. “Esses seguidos desastres vêm ocorrendo, e anualmente aumentando a incidência de sua ocorrência, devido exclusivamente à não aplicação dos conhecimentos tecnológicos”, completou.

O Brasil, de acordo com ele, tem pleno domínio tecnológico para evitar ou reduzir a riscos mínimos a ocorrência de acidentes. Portanto, não se pode culpar a chuva pelos estragos. “Nunca a culpa é da natureza. A natureza não erra nem acerta. Quem erra ou acerta é o homem. Não há nenhuma surpresa na intensidade da chuva. Todo ano chove muito nessa época e nessa região. Assim como não é surpresa que a Serra do Mar é uma região instável, sujeita a escorregamentos. Ainda vai morrer muita gente, porque os nossos administradores não têm como prioridade resolver esses problemas”, afirmou.

Santos destacou que as estradas mais antigas foram abertas a partir de uma tecnologia ultrapassada de recortes das encostas, em vez de túneis. Além disso, a ocupação irregular dos morros também contribui muito para a instabilidade das regiões que hoje registram acidentes.

“É papel da prefeitura não permitir que as áreas próximas às encostas não sejam ocupadas de forma nenhuma. Não é papel de quem foi morar lá por falta de opção. São ocupações totalmente inadequadas, mas existe um componente social. Se o poder público não oferece alternativas seguras de habitação, a ocupação de áreas de risco, onde ficam os terrenos mais baratos, não será interrompida”, analisou.

Segundo Edmur Mesquita, assessor especial do governador do Estado e coordenador do Projeto de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar, está previsto que 5.300 famílias que ocupam áreas de risco ou que pertencem ao Parque Estadual da Serra do Mar sejam transferidas para conjuntos habitacionais em Cubatão, na Baixada Santista. Até o momento, no entanto, nenhuma família foi removida.

De acordo com a Agência Metropolitana da Baixada Santista, responsável pela região, ações para conter a expansão habitacional na Serra do Mar já estão sendo feitas e o primeiro conjunto habitacional, que fica no Parque São Luís, está em construção.
Já a Defesa Civil de Cubatão informou que um mapeamento das áreas de risco de Serra do Mar foi feito em 2006.

Jucal Cabral Filho

Extraido de um post do blog : http://ecoturismoesustentabilidade.blogspot.com

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Este post a baixo foi enviado-me por e-mail hoje de manhã pelo professor Toschio, da disciplina de "Agua e Solos" do curso de pós graduação em Educação Ambiental pelo sistema EAD-UAB pela UFSM - Polo: Agudo, RS.





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Oi, como vai? Tudo bem?



O Rio e Niterói estão sofrendo com a tragédia provocada pelas chuvas.
Estes acontecimentos estão relacionados com "Água e Solos".

Podemos perceber que muito além da espera por medidas de prevenção e de
solução para estes problemas de governantes e de outras autoridades,
necessita-se de mudança de atitudes, valores e hábitos de cada
indivíduo.

Em função de interesses individuais imediatas, muitos exigem a
flexibilização da legislação ambiental, e desta forma, a despeito das
catástrofes, se propõe a possiblidade de regularização de ocupações
em Áreas de Preservação Permanente (APP), a diminuição das faixas de
proteção dos cursos d`água, entre outras exigências.

Portanto, é evidente a importância da educação ambiental.

Cada indivíduo escolhe, recolhe, elege, atrai, busca, expulsa, modifica
tudo aquilo que lhe rodeia a existência. Constrói o seu destino. Os seus
pensamentos e vontades são a chave dos seus atos e atitudes. Antes de
reclamar e fazer-se de vítima, deve-se analisar e observar. Buscar a
reflexão. A mudança está nas mãos de cada um. A educação ambiental
poderá contribuir significativamente neste complexo desafio.

Sei que a nossa disciplina "Água e Solos" já terminou. E que existem
muitas tarefas a cumprir na elaboração da monografia.

Mas convido você a participar do fórum na "Água e Solos" e deixar as
suas impressões acerca das questões ambientais que envolvem os
acontecimentos ocasionados pela chuva no Rio e em Niterói.

Bons estudos!

Um grande abraço.

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